HIV
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, também conhecida pela sigla em inglês Aids, tem como agente causal o vírus da
imunodeficiência humana (HIV). O HIV infecta as células do sistema imunológico, especialmente os linfócitos T CD4+, e a
replicação viral nesses linfócitos causa a destruição das células, levando o sistema imunológico ao colapso. Dessa forma, o
organismo fica vulnerável a infecções causadas por outros agentes infecciosos ditos oportunistas, por exemplo, o Pneumocystis
jiroveci (causador de pneumocistose).
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado pela identificação de anticorpos anti-HIV, antígenos do próprio HIV e material
genético do HIV (RNA ou DNA). É importante ressaltar que o monitoramento da infecção pela determinação da carga viral é
imprescindível para o médico. O DB – Diagnósticos do Brasil oferece diversas metodologias de pesquisa do HIV, todas em
concordância com as normas do Ministério da Saúde.
Diagnóstico e monitoramento
Janela imunológica
A expressão “janela imunológica” é comumente utilizado e se refere ao período entre a exposição do indivíduo ao agente
infeccioso e o surgimento de marcadores detectáveis de resposta do organismo do indivíduo (anticorpos). Esse tempo varia
de pessoa para pessoa, podendo, em alguns casos, levar meses após a exposição até que seja possível detectar algum
marcador de resposta. Com a intenção de reduzir o tempo da janela imunológica, antígenos e ácidos nucleicos virais também
são investigados.
Fluxograma mínimo para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV em indivíduos com idade acima de 18 meses.
O DB atende aos mais rigorosos padrões de qualidade, seguindo o Fluxograma Mínimo para o Diagnóstico Laboratorial da
Infecção pelo HIV descrito na Portaria SVS/MS Nº 29, de 17 de dezembro de 2013, em conjunto com o Manual Técnico para o
Diagnóstico da Infecção pelo HIV, que regulamenta os procedimentos para esse teste no país.
O laboratório oferece, como testes de triagem (T1), Imunoensaios de 4ª Geração (HIV, HIV1 e HIV2). Em seguida a isso, orienta-se
o seguimento do Fluxograma 3 do Manual Técnico para diagnóstico da infecção pelo HIV. O Fluxograma 3 é o que permite o
diagnóstico mais precoce da infecção pelo HIV, pois após da triagem (T1) positiva, já permite como critério para conclusão da
investigação a adoção de um teste molecular (HIVQT ou HIVPC) como confirmatório (T2), caso este também seja positivo. Nos
casos em que há T1 positivo e T2 (teste molecular) negativo, é preciso considerar a possibilidade de carga viral abaixo do limite
de detecção ou falso-positivo no T1 e adotar um terceiro teste (T3) confirmatório (WB) Western Blot (HIVWB).
Diagnóstico laboratorial (para criança abaixo de 18 meses de idade)
Para caracterização da infecção por HIV em neonatos de mães soropositivas, recomenda-se a utilização de testes moleculares de detecção do RNA (HIVQT) ou DNA do HIV (HIVPC), em função da transferência passiva de anticorpos maternos para o bebê. Isso que pode ocasionar resultados falso-positivos nos testes para detecção de anticorpos.
Fatores biológicos que eventualmente podem causar resultados falso-positivos na pesquisa de anticorpos anti-HIV:
• Aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (da mãe para o filho);
• Artrite reumatoide;
• Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo e esclerodermia;
• Colangite esclerosante primária;
• Terapia com interferon em pacientes hemodialisados;
• Síndrome de Stevens-Johnson;
• Anticorpo antimicrossomal;
• Infecção viral aguda;
• Vacina contra gripe e hepatites;
• Outras retroviroses;
• Neoplasias malignas;
• Múltiplas transfusões de sangue;
• Anticorpos antimúsculo liso;
• Gestação.
Referências
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim epidemiológico Aids/DST. 2010. Disponível
em: http://www.aids.gov.br/pt-br/node/77. Acesso em: 29 mar. 2021.
2. BUSCH, M. P.; SATTEN, G. A. Time course of viremia and antibody seroconversion following human immunodeficiency virus
exposure. Am J Med. maio. 1997, 19;102(5B):117-24; discussion 125-6.
3. OINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIH/AIDS. Global Report: UNAIDS report on the global AIDS epidemic 2010. World
Health Organization.