Exame para lúpus: tudo o que você precisa saber sobre a doença
Publicado em: 13/06/2025, 16:28

O lúpus é uma das doenças autoimunes mais desafiadoras para o diagnóstico e tratamento. A condição ainda é cercada por dúvidas, principalmente devido à variedade de sintomas e à forma como afeta diferentes órgãos e tecidos do corpo, como pele, articulações, rins e sistema nervoso central.
Essa diversidade de manifestações clínicas torna o diagnóstico um processo complexo, muitas vezes demorado. Por isso, compreender os sinais da doença, conhecer os exames laboratoriais indicados e entender as opções de tratamento são passos fundamentais para garantir um acompanhamento médico eficaz e preservar a qualidade de vida dos pacientes.
Neste artigo, você vai entender o que é essa doença, conhecer seus diferentes tipos, os sintomas mais comuns, quando o exame para lúpus é indicado e quais são as abordagens mais atuais de tratamento. Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre essa condição que afeta cerca de 5 milhões de pessoas no mundo inteiro.
O que é lúpus?
O lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, ou seja, ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpo, confundindo-os com agentes invasores. Essa reação desregulada pode afetar órgãos vitais, como rins, pulmões, coração, articulações e pele.
A causa do lúpus ainda não é totalmente compreendida, mas há evidências de que fatores genéticos, hormonais e ambientais estejam envolvidos. O predomínio da doença em mulheres, principalmente entre 15 e 45 anos, sugere a influência de hormônios como o estrogênio.
Outra hipótese bastante aceita é a predisposição genética, ou seja, a presença de alterações no DNA que tornam o indivíduo mais vulnerável à ação desregulada do sistema imunológico. Algumas influências ambientais, como infecções virais e exposição ao sol, também podem agravar ou desencadear os sintomas.
Tipos de lúpus
Existem diferentes tipos de lúpus, e essa classificação influencia diretamente nos sintomas e no tratamento da doença. A seguir, explicamos os principais deles:
Lúpus cutâneo
Esse tipo acomete exclusivamente a pele, causando lesões avermelhadas, principalmente nas áreas expostas ao sol, como o rosto. Pode surgir isoladamente ou em associação com o lúpus sistêmico.
Lúpus sistêmico
É a forma mais comum da doença, representando cerca de 70% dos casos, segundo a Lupus Foundation of America. O lúpus eritematoso sistêmico (LES) pode variar de leve a grave e comprometer múltiplos órgãos e sistemas, incluindo rins, cérebro, pulmões e coração.
Lúpus neonatal
Trata-se de uma condição rara que afeta recém-nascidos de mães com lúpus ou outras doenças autoimunes, devido à transferência de anticorpos que atacam tecidos do corpo. Os bebês podem apresentar erupções cutâneas, alterações hepáticas e baixa contagem de células sanguíneas, mas geralmente os sintomas desaparecem após os primeiros meses de vida.
Lúpus induzido por medicamentos
Essa forma é desencadeada pelo uso prolongado de determinados medicamentos, como hidralazina e procainamida. Os sintomas costumam desaparecer após a interrupção da substância causadora.
Quais são os sintomas do lúpus?
Os sintomas do lúpus variam de acordo com o tipo e o grau de acometimento do organismo. Podem surgir de forma súbita ou se desenvolver ao longo do tempo. Muitas vezes, os sintomas se confundem com os de outras doenças, dificultando o diagnóstico precoce. Confira os sinais mais comuns:
- Fadiga constante
- Manchas e lesões na pele
- Dores articulares e de cabeça
- Inchaço nas mãos, nos pés ou ao redor dos olhos
- Inflamação das membranas que recobrem o pulmão (pleura) e coração (pericardite)
- Sensibilidade à luz solar
- Perda de apetite
- Confusão mental e perda de memória
- Convulsões
- Febre
- Feridas na boca ou no nariz
- Queda de cabelo
Como saber se tenho lúpus?
Diante de sintomas persistentes e recorrentes como fadiga extrema, lesões cutâneas ou dores articulares, é importante procurar orientação médica. O lúpus, por afetar múltiplos sistemas, exige uma avaliação clínica cuidadosa e exames específicos.
O reumatologista é o especialista mais indicado para conduzir a investigação da doença, mas outros profissionais também podem ser acionados, como dermatologistas, nefrologistas e neurologistas, dependendo dos sintomas apresentados.
O histórico familiar de doenças autoimunes e a recorrência de sintomas são fatores importantes a serem considerados durante a avaliação médica.
Quais exames detectam o lúpus?
O diagnóstico de lúpus não depende de um único teste. Geralmente, envolve uma combinação de exames, realizados por profissionais especializados em laboratórios de análises clínicas. Entre esses métodos, os testes sanguíneos desempenham papel fundamental.
O exame para lúpus mais comum é o FAN (fator antinuclear), que detecta a presença de autoanticorpos no sangue. Embora um resultado positivo não seja conclusivo, ele indica a possibilidade de doenças autoimunes, como o lúpus.
Outros marcadores importantes incluem os anticorpos anti-DNA, anti-Sm, anti-SSA(RO), anti-SSB(LA) e anti-RNP, mais específicos para a doença. Além disso, a avaliação dos níveis de complemento (C3 e C4), hemograma, função renal, urinálise e marcadores inflamatórios ajuda a monitorar a atividade do lúpus e os órgãos atingidos.
Em alguns casos, biópsias e exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética, são solicitados para avaliar possíveis danos a órgãos internos.
Tem cura? Como é o tratamento do lúpus?
Atualmente, o lúpus não tem cura, mas o tratamento permite controlar a doença e proporcionar uma vida saudável ao paciente. O objetivo é reduzir os sintomas, prevenir danos aos órgãos e melhorar a qualidade de vida.
O tratamento costuma ser individualizado, com base no tipo e na gravidade do lúpus. Entre os medicamentos mais utilizados estão os anti-inflamatórios, imunossupressores, corticoides Em alguns casos, terapias biológicas também podem ser indicadas.
Como uma das principais doenças autoimunes, o lúpus exige acompanhamento médico constante para controle dos sintomas e prevenção de danos aos órgãos, incluindo ainda uma alimentação equilibrada, prática de atividades físicas leves e proteção solar.
Exames laboratoriais com qualidade para o diagnóstico do lúpus
Contar com um laboratório de apoio confiável é essencial para o diagnóstico preciso das mais diversas condições clínicas. Exames de sangue para lúpus, como o FAN, anti-DNA e outros marcadores imunológicos, exigem tecnologia de ponta, controle de qualidade rigoroso e profissionais especializados na análise dos resultados.
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