Conheça os exames para hepatites virais e como são feitos
Publicado em: 30/07/2025, 21:37

As hepatites virais são doenças que continuam representando um desafio importante para a saúde pública mundial. Embora muito se tenha avançado no diagnóstico e tratamento, o número de pessoas infectadas ainda é expressivo, inclusive no Brasil.
Para enfrentar essa realidade, o acesso a exames laboratoriais confiáveis e precisos é fundamental. Eles são a base para identificar a infecção e definir o melhor acompanhamento clínico para os pacientes.
Neste artigo, apresentamos os principais exames para hepatites virais, explicando suas diferenças, indicações e como são realizados, além de reforçar a importância do diagnóstico para o controle das doenças.
O que são as hepatites virais e sua prevalência no Brasil
As hepatites virais são doenças inflamatórias do fígado causadas por diferentes vírus, classificadas nos tipos A, B, C, D e E. Cada um possui características específicas de transmissão, evolução e impacto na saúde do paciente. Essas infecções podem variar desde quadros agudos e autolimitados até formas crônicas que podem levar a complicações graves, como cirrose e câncer hepático.
Segundo o Relatório Global de Hepatites 2024 da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 304 milhões de pessoas no mundo vivem com infecção crônica pelos vírus das hepatites B ou C.
No Brasil, o governo federal, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 826.292 casos confirmados de hepatites virais entre 2000 e 2024. Destes, 174,9 mil (21,2%) são referentes à hepatite A; 302,3 mil (36,6%) à hepatite B; 342,3 mil (41,5%) à hepatite C; 4,7 mil (0,6%) à hepatite D; e 1,9 mil (0,1%) à hepatite E.
Esses dados reforçam a necessidade de políticas de diagnóstico e prevenção eficazes, assim como o acesso a exames laboratoriais confiáveis, que são essenciais para identificar e tratar precocemente as hepatites virais, contribuindo para a redução da transmissão e das complicações associadas.
Quais são os principais exames para hepatites virais
Para diagnosticar as hepatites virais, são utilizados diferentes testes, que permitem detectar a presença do vírus, identificar o tipo e avaliar a extensão do dano hepático. De modo geral, os testes se dividem em sorológicos, moleculares e complementares.
Confira a seguir os principais tipos de exames laboratoriais para hepatites virais.
Exames sorológicos para hepatites virais
Os exames sorológicos avaliam marcadores específicos para cada tipo de hepatite. Eles são solicitados quando há suspeita clínica, contato com pessoas infectadas ou como parte de triagens e rastreamentos em populações de risco. Eles são importantes para detectar casos agudos e crônicos, além de monitorar a resposta ao tratamento.
Exames sorológicos para hepatite A
- IgM anti-HAV: indica infecção recente ou fase aguda da hepatite A.
- IgG anti-HAV: indica infecção passada ou imunidade adquirida, seja por infecção prévia ou vacinação.
Exames sorológicos para hepatite B
- HBsAg (antígeno de superfície): indica infecção ativa pelo vírus da hepatite B.
- Anti-HBs (anticorpo contra HBsAg): indica imunidade, por infecção passada resolvida ou vacinação.
- Anti-HBc (anticorpo contra o núcleo do vírus): detecta contato prévio com o vírus; pode ser IgM (infecção recente) ou IgG (infecção passada).
- HBeAg (antígeno “e”): indica alta replicação viral e maior infectividade.
- Anti-HBe: indica fase de baixa replicação viral ou recuperação.
Exame sorológico para hepatite C
- Anti-HCV: detecta a presença de anticorpos contra o vírus da hepatite C; indica exposição ao vírus, mas não diferencia a infecção ativa da curada.
Exames moleculares para hepatites virais
O exame molecular mais utilizado é a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que detecta o material genético viral com alta sensibilidade e especificidade. Esse teste permite identificar a presença do vírus no sangue mesmo em fases iniciais ou quando a carga viral é baixa.
Além da detecção, a PCR pode quantificar a carga viral, ou seja, a quantidade de vírus presente no organismo. Esse dado é fundamental para acompanhar a resposta ao tratamento antiviral e orientar decisões clínicas.
Os exames moleculares são indicados quando há confirmação da infecção pelo exame sorológico ou suspeita de infecção recente e também para monitorar a eficácia do tratamento em pacientes crônicos.
Outros exames laboratoriais importantes
Além dos exames que detectam o vírus, existem testes que avaliam a função hepática e o grau de comprometimento do fígado. Entre os mais comuns, estão as dosagens das enzimas hepáticas ALT e AST, que, quando elevadas, indicam lesão ou inflamação no órgão.
A bilirrubina também é analisada para verificar a presença de icterícia, um dos sintomas típicos das hepatites. Outros exames, como a albumina e o tempo de protrombina, ajudam a avaliar a capacidade do fígado de sintetizar proteínas essenciais para o organismo.
Esses testes complementares são essenciais para o acompanhamento clínico e para definir a melhor conduta terapêutica.
Como é feita a coleta dos exames para hepatites virais
A maioria dos exames para hepatites virais é realizada em amostras de sangue, coletadas por punção venosa em ambiente controlado, como laboratórios ou unidades de saúde. A coleta é simples e rápida, feita por profissionais treinados que garantem a segurança e o conforto do paciente.
Antes da coleta, recomenda-se que o paciente esteja em jejum por pelo menos 8 horas, especialmente quando exames de função hepática forem solicitados. Também é importante informar ao laboratório o uso de medicamentos ou condições clínicas que possam interferir nos resultados.
Após a coleta, as amostras são encaminhadas para processamento em laboratórios especializados, que realizam análises precisas e confiáveis. O paciente pode retornar às suas atividades normalmente, seguindo as orientações fornecidas pelo profissional de saúde.
O papel dos laboratórios no diagnóstico das hepatites virais
Os laboratórios desempenham papel fundamental no diagnóstico precoce e no monitoramento das hepatites virais, sendo aliados estratégicos da saúde pública. A precisão e a qualidade dos exames garantem informações confiáveis que subsidiam decisões médicas e políticas de controle da doença.
Além da tecnologia avançada, os laboratórios contribuem com a padronização dos procedimentos e a capacitação dos profissionais envolvidos na coleta e análise, assegurando resultados consistentes em todo o país.
A colaboração entre laboratórios, médicos e pacientes fortalece a rede de atenção à saúde, permitindo o acesso rápido aos diagnósticos, o início oportuno do tratamento e o acompanhamento contínuo dos casos.
DB Diagnósticos: um parceiro estratégico em apoio laboratorial
O DB Diagnósticos atua exclusivamente com apoio laboratorial, colaborando com outros laboratórios e instituições de saúde para ampliar a qualidade do diagnóstico clínico no Brasil. Com nove sedes e mais de 30 unidades regionais, temos capacidade para realizar mais de 35 milhões de exames por mês, atendendo mais de 10 mil parceiros em todo o país.
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