HIPERTENSÃO: QUAIS SÃO OS EXAMES PARA DIAGNOSTICAR A DOENÇA?
Publicado em: 02/06/2022, 14:02

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como “pressão alta”, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, responsáveis pela maior parte das causas de morte no mundo. Em 2019 causaram cerca de 10,8 milhões de óbitos de diferentes faixas etárias. Os dados são do Estudo da Carga Global de Doenças (GBD, em inglês), que alerta, também, para os riscos e prevenção da hipertensão.
Saber como está a sua pressão arterial é fundamental para identificar fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de garantir a sua saúde e qualidade de vida. A hipertensão é um problema grave, e caso você desconfie que possua a doença, é importantíssimo que seja feito um diagnóstico para que se inicie o tratamento o quanto antes.
Continue lendo para tirar as suas dúvidas sobre a doença e saber quais são os exames que devem ser feitos para diagnosticá-la.
Afinal, o que é a hipertensão?
É uma doença crônica que, segundo dados do Ministério da Saúde, atinge mais de 30 milhões de brasileiros. Conhecida popularmente como pressão alta, ela se caracteriza por níveis elevados da pressão arterial, sem que o paciente esteja sob influência de situações de estresse ou de atividade física, fazendo com que o coração precise de um esforço maior para a distribuição correta de sangue pelo corpo.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão, uma pessoa é considerada hipertensa quando, na aferição da pressão arterial em repouso, o valor for igual ou maior a 140/90 mmHG.
O grande cuidado em relação à hipertensão é que essa condição é uma porta de entrada para outros problemas de saúde sérios, como a insuficiência cardíaca e renal, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), o infarto e o aneurisma.
Assim como em outras doenças, como o diabetes, é possível prevenir — ou remediar — adotando um estilo de vida mais saudável com a prática de exercícios físicos e melhorando a alimentação. O check-up médico anual é outra medida que ajuda na detecção do risco ou controle desse problema. Portanto, nunca deixe a sua saúde para depois.
Diagnóstico
Como a hipertensão não costuma dar sinais, é fundamental aferir a pressão pelo menos uma vez por ano. Nas consultas de rotina, seja com o clínico geral ou algum especialista, sempre informe se algum parente sofre desse mal, sobretudo se for o pai ou a mãe.
Para confirmar se uma pessoa possui pressão alta, a aferição tem que ser feita em três dias diferentes. Antes de cada uma, o paciente deve seguir orientações como evitar tomar café ou bebidas estimulantes, descansar bem e relaxar. Na hora do exame, o ideal é não conversar nem ficar se mexendo. Esses cuidados são importantes para que o resultado seja o mais confiável possível.
Se ainda assim, restar alguma dúvida, o especialista solicita um exame que vigia a pressão ao longo de 24 horas – o holter.
O rigor na aferição ajuda, ainda, a identificar uma condição antes chamada de pré-hipertensão – e agora rebatizada de pressão elevada. Entra nessa classificação quem estiver com a pressão acima dos 12 por 8 e abaixo dos 14 por 9, quando já se define a hipertensão propriamente.
Essa faixa intermediária, além de já causar eventuais estragos, revela que o indivíduo tem o dobro de risco de se tornar hipertenso. Quanto mais cedo essa ameaça é detectada, maior a chance de evitar que a doença se instale de vez.
Quais são os exames para diagnosticar a doença?
O diagnóstico de hipertensão deve ser feito por um médico, a partir de uma avaliação clínica cuidadosa. Em conjunto com a avaliação clínica, o médico geralmente solicita uma série de exames que devem ser realizados todos os anos, ou, com a frequência que ele julga necessária após a consulta. São eles:
- Urina simples;
- Glicemia de jejum (sangue);
- Sódio e potássio (sangue);
- Creatinina (sangue);
- Colesterol total, HDL e triglicerídeos (sangue);
- Hemograma (sangue);
- Eletrocardiograma de repouso.
Um fator importante para o diagnóstico de hipertensão é o histórico familiar, já que 90% dos casos são hereditários. Além disso, também deve ser levado em consideração:
- Obesidade;
- Consumo excessivo de sal ou de álcool;
- Colesterol alto;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Uso de anticoncepcionais orais.
Como tratar a condição?
Para conseguir levar uma vida com qualidade, é preciso apenas aprender a incluir o tratamento como parte da sua rotina. A aferição da pressão arterial deve ser feita regularmente — existem aparelhos disponíveis no mercado ou você pode procurar um prestador de serviço próximo à sua residência ou trabalho.
Dependendo da situação, pode ser necessário a inclusão de medicamentos prescritos pelo médico. Existem também vários exercícios indicados para os hipertensos que ajudam na promoção de saúde e a melhorar o condicionamento físico. E, se você fuma, é a hora de procurar ajuda e eliminar o hábito.
Por fim, é preciso uma dieta equilibrada, procurando manter um peso saudável e diminuir a ingestão do que faz mal: álcool, sódio e gordura. Na dúvida, não deixe de conversar com o seu médico.
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